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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2000 Ann Major

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

Fantasia Nocturna, n.º 680 - Julho 2014

Título original: Midnight Fantasy

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2006

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises

Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5412-3

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Capítulo Treze

Epílogo

Volta

Prólogo

 

«Fora daqui, maldito bastardo!»

A camioneta virou bruscamente e saiu do asfalto. Um estrondo de sacudidelas e estalos fez o prisioneiro que estava no chão recuperar os sentidos. Uma luz opaca e cinzenta filtrou-se através da venda dos seus olhos.

Viu a cara do seu pai, cheia de raiva.

«Não és meu filho!»

Tinha dado meia volta e tinha-se ido embora, sabendo o que sempre tinha sentido no fundo, que ele não era nada. Tinha saído da lama. Era aí onde deveria ter ficado.

A fetidez do ar produziu-lhe calafrios.

Deus, tinha medo. Muito medo.

Tinham chegado ao pântano, àquele inquietante reino primitivo de ciprestes, águas estagnadas, jacarés de cabeça ossuda e lama suficiente para engolir um homem inteiro.

Tinha os pés e as mãos atados, e estava caído em cima de pestilentas caixas vazias de fast-food, copos de plástico e envoltórios de balas.

O condutor de tez amarelada e com uma tatuagem de aranha conduzia mais depressa do que o fazia em Nova Orleães.

– Vais ser um petisco para os jacarés, rapaz.

Uma nova onda de medo sacudiu o prisioneiro.

Outra voz:

– Sabes o que fazem os jacarés, não sabes? – uma bota bateu na anca do preso. – Arrastam-te até à sua guarida em terra, e ali vão-te arrancando pequenos bocados de carne durante dias.

O terror apoderou-se do homem dos olhos vendados, e remexeu-se sobre o lixo. Mesmo no dia anterior, estivera sentado com o pai no melhor restaurante do bairro francês. Engoliu em seco com cuidado, tentando não asfixiar-se com o gordurento trapo que o amordaçava e com o sabor metálico do seu próprio sangue. Tentava não respirar porque cada vez que o fazia era uma tortura para o seu nariz partido.

O caminho tornou-se mais abrupto, mais húmido; o fedor das águas negras e a vegetação podre mais forte.

As grandes rodas detiveram-se com um chapinhar.

– Vamos atirá-lo para aqui. Deitar-lhe-emos em cima esse cimento, para que se afunde.

As portas de trás abriram-se de repente. Os seus finos sapatos italianos caíram quando o agarraram pelos tornozelos e o puxaram violentamente, arrastando-o por cima do lixo, ferramentas e madeiras. Arremessaram-no no chão rebocado, e bateu com a cabeça num tronco podre. Quando recuperou o conhecimento estava com a água até à cintura, a submergi-lo.

Ele resistiu, tentando manter-se de pé na lama, mas uma bota fê-lo cair à água. O pânico apoderou-se dele quando umas grandes mãos o agarraram pelos ombros e o afundaram.

Lutou. Ardiam-lhe os pulmões com o feroz desejo de respirar. Empurrou com força e surpreendeu-se quando a mão que tinha no pescoço o soltou milagrosamente. A sua cabeça veio à tona, e tossiu, engasgando-se com a água enquanto ouvia que carregavam uma arma. Ouviu-se um disparo. Então tudo ficou calmo.

Caiu de costas, movimentando-se desesperadamente enquanto se afundava. Estranhamente, quando começava a afundar-se, a morrer, o seu terror cessou.

Tudo era paz e escuridão.

Era assim que se sentia ela quando o despertador tocava e não conseguia levantar-se?

Era, de novo, um menino assustado, a tremer com o pijama molhado. Com o ursinho debaixo do braço, dirigiu-se ao escuro quarto da mãe. A luz do sol iluminava o seu cabelo preto emaranhado. Perdida entre as sombras, o seu corpo jazia inerte meio dentro, meio fora da cama.

O despertador continuava a tocar. Há um bom bocado que ele o ouvia. Estava maldisposta a maioria das manhãs. Maldisposta todas as noites. Ele vivia à espera desses raros momentos nos quais ela tentava ser agradável, quando lhe lia contos que ele trazia da biblioteca.

Como sempre, o seu quarto empestava a tabaco e álcool.

– Mãe! Des... desculpa... Mo... molhei-me...

Chamou-a pelo nome depois da confissão e prometeu-lhe, como fazia cada manhã, que não voltaria a fazê-lo.

Mas ela não deu sinal de si. Nem o abraçou, aferrando-se a ele como se o adorasse, como fazia às vezes. Continuou ali estendida.

Finalmente, aproximou-se dela e sacudiu-a.

– Abre os olhos. Por favor, mãe.

Tocou-lhe a face. Estava rígida e fria... como o vidro da sua janela no Inverno. O despertador continuava a tocar.

Há anos que não pensava nessa manhã. E aí estava, o seu último pensamento.

Depois do funeral, as suas tias tinham-no levado para casa do pai. Um homem de cabelo preto e violentos olhos cinzentos abriu a porta. As tias empurraram-no para dentro precisamente quando a porta se fechou de repente.

Tinha ido de uma casa para outra, com parentes distantes que tinham muitos filhos. Também tinha passado algum tempo em casas de acolhimento com outros deserdados como ele. Tinha tido problemas na escola. Então, milagrosamente, o pai mudara de opinião e adoptara-o. Ele tinha feito o possível por comprazer o pai, e com o tempo, inclusive se meteu em negócios com ele.

Então, uma noite em que tinha ficado a trabalhar até tarde, abriu um ficheiro que não devia no computador.

A água empapou o trapo da sua boca, desceu-lhe pela garganta, subiu-lhe pelo nariz, abrasando-o, estrangulando-o. Estava a morrer quando umas mãos brutais o agarraram pela cintura e o puxaram para a superfície, atirando-o sobre o lodo da margem.

Uma voz áspera praguejou, e uns dedos retorcidos arrancaram-lhe a mordaça empapada, e a venda dos olhos.

– Jesus.

O hálito do seu salvador empestava a gin e tabaco enquanto lhe dava palmadas nas costas. A água saiu-lhe a borbotões pela boca.

– Caramba – queixou-se ele.

A dura mão parou de repente.

– Com que então estás vivo! – virou-o e iluminou-lhe o rosto com uma lanterna. – Não tens muito bom aspecto.

– Caramba! – ele agarrou a lanterna e iluminou o do seu salvador.

O desconhecido tinha a pele enrugada, o cabelo branco e os olhos pretos e frios.

– Também não tens muito bom aspecto.

Uns dentes amarelos assomaram num desrespeitoso sorriso.

– Chamo-me Frenchy – Frenchy recuperou a lanterna preta e apagou-a. – Frenchy LeBlanc – tirou-lhe o esparadrapo dos tornozelos. – Queres que te leve a casa? Ao hospital? A uma esquadra de polícia?

– Estou bem.

– Deram-te uma boa sova – Frenchy estendeu-lhe a mão e ajudou-o a pôr-se de pé. – Tens nome, rapaz?

Ele vacilou. Então, sem mais, um nome surgiu da sua infância. A voz pareceu rouca quando a utilizou.

– Tag...

– Tag. Tag quê?

Claro. Claro. Um apelido.

– Campbell... Tag Campbell.

– Demónios! – o sorriso amarelo iluminou-se. – És do Texas... Tag?

Tag abanou a cabeça.

O olhar do velho avaliou o seu alto e musculoso corpo.

– Tens as mãos delicadas para ser um tipo tão grande... e um rosto duro... ainda que os olhos não te favoreçam muito. E esse fato, mesmo arruinado, parece bastante caro.

Tag não disse nada.

– Um trabalho de verdade poderia vir-te bem...

– Sacana... se vais insultar-me...

– Eu dedico-me à pesca. Poderia fazer-me falta um marinheiro.

Tag deu meia volta com impotência, e olhou para as tenebrosas sombras dos ciprestes. «Marinheiro. Salário mínimo». Estava há anos na via rápida. A sua educação. A sua carreira. Os seus prometedores planos para a empresa do pai. Mas não podia voltar.

– Sempre trabalhei num escritório, mas levanto pesos no ginásio todas as tardes. Nunca tive tempo para pescar.

Frenchy assentiu com a cabeça.

– Não te culpo por rejeitares um trabalho tão duro e pouco agradecido.

– Não disse que não, velho... mas terias de me ensinar.

Frenchy deu-lhe uma palmada no ombro.

– O trabalho é teu.

– Obrigado.

A voz de Tag soou rouca. Desagradou-lhe que pudesse delatar entusiasmo e gratidão. Não era tão parvo a ponto de acreditar que esse vulgar desconhecido, a sua despreocupada oferta e a sua amabilidade nessa noite significassem algo.

Tinha terminado com a ambição, com os seus sonhos, com as falsas esperanças. De novo, voltou a ver os frios olhos cinzentos do pai. Também tinha terminado com a família e com os sonhos de carinho verdadeiro.

Um marinheiro. Um trabalho infame para um tipo infame como ele.

«Fora daqui, maldito bastardo».

– Obrigado, Frenchy – repetiu Tag num tom mais frio.

Capítulo Um

 

Cinco anos depois...

 

«Fica comigo, Frenchy. Preciso de ti».

Isso foi o mais perto que Tag esteve de dizer ao seu melhor amigo que o amava.

Ainda que Frenchy talvez soubesse.

Tag apertara-o entre os seus braços muito depois que os olhos de Frenchy se tivessem tornado tão vidrados como a água da baía, muito depois da sua pele se ter tornado tão fria como a da sua mãe morta naquela horrível amanhã, quando o despertador não parava de tocar.

«Fica comigo, Frenchy».

Com a cabeça esbranquiçada de Frenchy no seu regaço, Tag ia rumo a casa.

«Fica comigo Frenchy».

Mas os olhos de Frenchy permaneceram fechados.

 

 

Era meia-noite. A lua cheia brilhava através dos retorcidos galhos dos carvalhos, projectando fantasmagóricas sombras sobre a campa de Frenchy. Tag estava completamente só nesse pequeno e pitoresco cemitério situado numa colina que dominava a baía de Rockport.

– Isto não tinha que ter sucedido! Maldito sejas, Frenchy, por abandonar-me como toda a gente... mas sobretudo, maldito sejas por me teres salvo. Deveria ser eu o morto.

Enterraram Frenchy junto do filho, o filho que perdera mesmo antes de salvar a vida a Tag.

Tag alegrava-se que o cemitério estivesse deserto. Não queria que ninguém visse quanto o afectava a morte de Frenchy.

Uns escuros círculos rodeavam os seus olhos injectados de sangue; o seu queixo estava ensombrado com barba de vários dias. O estômago rugia-lhe dolorosamente de ter ingerido muito álcool e muito pouca comida.

A lua brilhava alto num céu imenso. A brisa marinha cheirava a terra seca e erva recém cortada. Era o tipo de noite preferida de Frenchy. Haveria gambas a montes. Mas Tag não podia nem pensar em pescar sob a lua cheia sem Frenchy.

A sua enorme mota preta estava estacionada perto da campa de Frenchy, sob um carvalho. Tag estava ajoelhado diante da campa. Como uma prece, a sua voz profunda sussurrou:

– Volta, Frenchy. Maldito sejas, volta. Fica comigo.

– Não precisas de um velho. Do que precisas é de uma mulher, rapaz – tinha declarado Frenchy, nesse exasperante tom de sabichão, umas noites antes.

– Estranho conselho de um homem que fracassou quatro vezes no casamento.

– Não há nada como uma mulher bonita para dar esperança a um homem. A vida é um círculo, que se repete constantemente. És jovem. Mas envelhecerás. Morrerás. A vida é curta. Tens de apaixonar-te, casar-te, ter filhos, repetir o círculo.

– Há lugares do meu círculo pelos quais não quero voltar a passar.

– Não és o tipo duro que finges ser. És dos que está talhado para o casamento.

– De onde demónios tiraste isso?

– Tens cá um feitio!

– E isso é o que te faz pensar que daria um marido encantador?

– Não encaixas aqui. O teu coração não está nos bares, nem nas brigas, nem no jogo... nem sequer na pesca. Nem em ir para a cama com essas miúdas ricas e amalucadas que vêm a Shorty à procura de aventuras passageiras no banco traseiro do carro com um tipo duro como tu.

– E se te disser que gosto do que me fazem? E se te disser que não preciso de coração para nada, velho?

– Diria que mentes. Tens coração, e muito grande, queiras ou não. Só que está feito em pedaços, tal como a tua bonita cara. Mas uma mulher adequada pode consertar o dano.

– Estás a ficar muito sentimentalão, velho.

– Achas que podes permanecer morto para sempre?

A brisa marinha lembrou-lhe as longas horas de brutal trabalho no navio. Mas o trabalho intumescia-o. A beleza do mar reconfortava-o. Tal como essas mulheres e o que lhe faziam nos seus carros; tornavam-lhe a vida mais suportável. Embora sempre que se iam essas mulheres, se sentisse mais aflito, como se tudo o que houvesse de bom nele se tivesse consumido.

Tag ajoelhou-se na suave terra e examinou a fotografia de um Frenchy mais jovem num plástico rachado no meio da lápide.

– És um cobarde por fugires do que és e do que queres, Tag Campbell... um cobarde, nem mais nem menos.

Tag saltara da cadeira tão rápido, que a atirara para o chão.

– E que sabes tu, ignorante! Cada vez que bebes, vens com essa maldita cantilena.

Frenchy riu-se.

– A vida é um círculo...

– Não comeces com essa estupidez do círculo.

Tag tinha saído da casa da praia batendo com a porta, tinha desamarrado o navio, e tinha passado o resto da noite no mar banhado pela luz da lua. Não se desculpou quando viu Frenchy à sua espera no dique.

Umas horas depois, Frenchy desmaiara no navio, quando estavam a deitar as redes.

A culpabilidade invadiu Tag. Nunca agradecera ao velho nada do que tinha feito.

O vento rugiu na baía, murmurando aos galhos dos carvalhos, gozando com Tag enquanto os seus olhos prateados olhavam para a campa. Assaltaram-no sentimentos de dor, de culpabilidade, mas suprimiu-os como sempre fizera.

O aspecto perigoso do homem ajoelhado ante a campa do amigo não se parecia muito ao jovem elegante e arranjado que era antes que lhe batessem, de nariz aquilino e olhar cálido e amistoso.

Esse homem estava morto. Tão morto como Frenchy.

O corpulento homem ajoelhado aos pés da campa tinha a pele queimada pelo sol. Os punhos tinham transformado as suas perfeitas feições numa composição brutal, com o nariz esmagado, e uma sobrancelha partida. E tinha uma aura de violência à sua volta. Talvez fosse o aspecto de fugitivo o que o tornava mortalmente atractivo, pelo menos para certo tipo de mulheres. Tais mulheres importavam-se muito pouco com as feridas internas dele. O único que queriam era utilizar-lhe o corpo.

Os seus cautelosos olhos prateados sob as sobrancelhas escuras não confiavam em ninguém. E menos em tais mulheres... mulheres que o acendiam, mas que o deixavam mais frio e mais só quando acabavam com ele e voltavam nos seus luxuosos carros para as suas grandes mansões com homens seguros.

Tinha os músculos fortes do trabalho duro. Usava botas altas pretas, calças de ganga justas, uma t-shirt branca imaculada, e um blusão de cabedal preto.

Frenchy.

Só com os seus demónios, sem Frenchy que lhe gritasse e o distraísse, Tag necessitava uma briga num bar ou uma mulher. Quase desejou ter ficado no funeral com os demais amigos de Frenchy.

Mas todos se enfureceram quando se leu o testamento de Frenchy, e descobriram que, o grande idiota, tinha deixado a esse cachorro, Tag Campbell, tudo.

Tudo. Navios. Restaurante. Casinhas de pesca. Diques. Até a casa da praia que quase era um marco histórico. Tudo.

Campbell.

Esse bastardo! Se nem sequer gostava de pescar! No entanto, era o melhor pescador que alguma vez se viu.

Era tudo seu.

Havia muitos comentários furiosos.

– Não é justo! Frenchy morreu nesse navio, estando a sós com esse mentiroso do Campbell.

– Eu acho que o filho da mãe o matou.

– Ouviste o juiz. A autópsia diz que morreu de um ataque cardíaco. Que o Frenchy fumava e bebia muito. E que é um milagre que tenha vivido tanto.

– E eu digo que o mataram. O Frenchy estava cheio de saúde. Se há apenas duas noites estava a dançar em cima da mesa com a Mabel, bêbado que nem um cacho.

Rusty e Hank, dois rudes marinheiros que Tag tinha despedido por serem preguiçosos e mesquinhos, e que tinham acabado essa noite na prisão, juraram que mal os soltassem, vingariam o seu amigo Frenchy.

Frenchy tinha muito mais dinheiro do que o que suspeitavam os pescadores. O xerife disse a Tag que seria sensato que abandonasse a cidade.

Ao ver o carro do xerife à frente de sua casa, Tag fez uma careta. Não era de estranhar que esse homem desse medo. A sua figura impressionava com o uniforme e os óculos prateados. Tinha feições duras, ombros quadrados, e uma arma enorme no cinto.

Tag tinha-as visto mais de uma vez nesses tipos armados de uniforme. A lei, diziam de si mesmos. Com um ar de superioridade, achavam-se os donos do mundo.

Mal o xerife Jeffries bateu à porta com o seu potente punho e chamou Tag, o suor começou a correr-lhe por baixo da camisa.

– Acabo de soltar o Rusty e o Hank. Dizem que és um assassino.