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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2011 Melissa James. Todos os direitos reservados.

CURA-ME A ALMA, N.º 1407 - Novembro 2013

Título original: The Tycoon Who Healed Her Heart

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

 

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

® Harlequin, logotipo Harlequin e Bianca são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-3771-3

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

Capítulo 1

 

Região de Graubünden, Alpes Suíços

 

– Estás muito melhor – disse o instrutor de esqui, enquanto Rachel Chase deslizava pela pista para o empreendimento turístico Bollinger Alpine.

– Não é verdade, Matt, mas obrigada por insistires comigo – com um sorriso de agradecimento, Rachel encheu os pulmões de ar fresco da montanha, apertou os lábios e continuou a descer pela pista de treino. Era humilhante, mas não podia largar a mão de Matt.

Provavelmente, não tinha confiança em si mesma suficiente para esquiar, mas, em todos os outros aspetos, o empreendimento Bollinger Alpine era o esconderijo perfeito. Os empregados eram muito amáveis naquele vale cheio de lagos sob os Alpes e comportavam-se com total discrição.

Quando Max, o gerente, lhe oferecera refúgio num chalé discreto, Rachel tinha decidido aproveitar a oportunidade.

Durante uma semana, recusara-se a desfazer as malas, disposta a fugir a qualquer momento. Aquela paz parecia demasiado boa para ser verdade depois dos flaches das câmaras que tinha suportado em Los Angeles, quando as mentiras de Pete tinham aparecido na imprensa.

Rachel estremeceu ao recordar que o «doutor Pete» pensara que a única maneira de solucionar os seus problemas de popularidade e agarrar a fama que tanto desejava era reunir-se publicamente com a esposa que tinha denunciado como desleal.

Sem se dar conta, passou uma mão pelo pulso. O osso tinha sarado, mas era uma lembrança.

Uma hora depois de ver o médico em privado para que lhe engessasse o membro partido, trocara a fechadura e pedira uma providência cautelar. Não tinha apresentado queixa por compaixão, porque isso teria destruído Pete, mas fá-lo-ia se voltasse a tocar-lhe. O seu advogado deixara isso perfeitamente claro.

O seu telemóvel estava desligado há semanas. Assim Pete não poderia utilizar o sentimento de culpa de Rachel ou inclusive a sua mãe e irmã para conseguir o que queria. Tinha de aprender a sobreviver sozinha, sem ter de ver que a sua família amava mais Pete do que a ela.

– Estás bem? – ouviu uma voz atrás dela. – A chave não entra na fechadura?

Rachel sobressaltou-se. Embora Pete só lhe tivesse batido uma vez antes de o deixar, isso tinha-lhe despertado uma reação nervosa que ainda não tinha aprendido a controlar.

Depois de respirar fundo, virou-se para olhar para uma morena bonita com aquela figura magra que em tempos Rachel se matara à fome para conseguir.

Além da sua prima Suzie, que se tinha encarregado de lhe conseguir uma nova identidade, dois passaportes com nomes diferentes, e que lhe dera milhares de dólares que Pete não poderia reclamar, os empregados do empreendimento turístico eram as únicas pessoas em que podia confiar.

– Estou bem, Monika – respondeu, tirando as botas de esqui.

Monika levara-lhe o almoço. Jami e Max chegaram pouco depois para ouvir histórias sobre a sua vida como a esposa de uma celebridade de Hollywood. E Rachel contava-as, embora quisesse esquecê-las, porque todos eles estavam a arriscar o seu posto de trabalho por ela.

 

 

Do terraço, Armand olhava para a mulher que estava a falar com três membros do serviço do empreendimento turístico, que a ouviam com adoração como se fosse uma duquesa afável. Vira-a a tentar esquiar, fingindo não saber fazê-lo para segurar a mão do seu bonito instrutor.

Tinha conhecido mulheres como ela antes e desprezava-as. Odiava que usassem a beleza e os truques femininos para ser sempre o centro das atenções. E ela fazia-o bem, a sua voz doce combinada com aqueles olhos de cervo e um sorriso tão grande como o Texas eram um coquetel letal para os mais ingénuos.

Que pena para Rachel Rinaldi, a infame esposa do doutor Pete, apresentador de um famoso programa de televisão, que ele soubesse como podia cair-se baixo quando a bolha da fama rebentava...

Ele não era ingénuo ou estúpido. Tinham-no enganado, tinham-lhe mentido e partido o coração anos antes, mas não deixara que mais ninguém voltasse a fazê-lo.

E a senhora Rinaldi estava prestes a descobrir que o seu encanto não ia levá-la muito longe.

 

 

– De modo que «o inominável» insistiu em que aqueles dez segundos de gravação fossem cortados da entrevista. Aparentemente, que um herói de ação se mostrasse tão humano ao ponto de tropeçar num degrau e cair podia arruinar a sua carreira – estava a dizer Rachel.

– Ena, parece que ninguém me convidou para esta festa!

As gargalhadas dos seus amigos pararam de repente e, com o sobrolho franzido, Rachel virou-se para ver quem falara.

Um homem alto estava à porta. As suas feições não eram clássicas, mas os seus olhos tormentosos e a sua boca sensual compensavam a falta de perfeição. Era muito alto, fibroso, com um fato cinzento que combinava com os seus olhos.

Rachel pestanejou algumas vezes. Era como se a sala estivesse a andar à roda... Mas isso só lhe acontecera uma vez.

«Já não sou essa rapariga», pensou. Nenhum homem podia fazer com que caísse de joelhos, física ou emocionalmente.

De modo que lhe devolveu o olhar com uma intensidade que a maioria dos homens considerava inquietante. Sim, aquele homem sabia como impressionar uma mulher com um simples olhar, mas certamente era tudo teatro.

Ela conhecia bem aquele tipo de homem.

– E é uma pena, já que eu sou o anfitrião – o recém-chegado falava em voz baixa, mas o seu tom não era amistoso. Os seus olhos cinzento-escuros cravaram-se nos ocupantes do chalé, um por um.

E ela a pensar que sabia como pôr as pessoas nervosas...

– Bem-vindo, senhor Bollinger – apressou-se a dizer Max.

Monika encolheu-se e Jami olhou para a porta como se ali estivesse o segredo da vida.

Bollinger. De modo que aquele homem era o proprietário do empreendimento turístico, o filho de um multimilionário francês e de uma estrela de cinema suíça. Vira fotografias de Armand Bollinger quando estava na lista dos atores mais atraentes do mundo, mas não o conhecia em pessoa.

Armand Bollinger, o homem a quem chamavam «o lobo» pela sua astúcia nos negócios e pelo seu trato com as mulheres. E, agora que o tinha diante, entendia porquê.

Armand entrou na sala com ar dominante, embora se dirigisse a todos com uma cortesia deliciosa:

– Eu gostaria de falar a sós com a nossa convidada – anunciou.

Sem dizer uma palavra, Max, Monika e Jami saíram do chalé. E Rachel não podia recriminá-los.

– Sou Armand Bollinger – apresentou-se.

A sua voz era rouca e profunda como o conhaque. Com um fato, sem dúvida, de Saville Row e uma camisa de seda, era o epítome da elegância.

Então, porque intuía uma nuvem escura sobre ele? Não parecia um caçador, senão um lobo ferido que tentasse esquecer antigas cicatrizes por pura força de vontade.

– Muito prazer.

– Estão a tratá-la bem? Necessita de alguma coisa?

«Não foi por isso que vieste.»

Os seus anos de prática psicológica entraram em ação assim que o viu sem que o tentasse sequer. O proprietário de um empreendimento turístico luxuoso não ia de porta em porta cumprimentar os seus clientes, isso era para os gerentes. Os proprietários de empreendimentos turísticos que ela conhecia poderiam ter ido visitá-la se soubessem quem era, mas eles não teriam a expressão de Armand Bollinger. Sob as suas maneiras deliciosas parecia preocupado, incomodado.

«Sabe quem sou.»

Isso assustou-a, mas não mostraria fraqueza alguma. Nunca mais voltaria a pôr-se nas mãos de um homem.

– Tratam-me muito bem, senhor Bollinger, obrigada – respondeu. – Veio pedir-me que me vá embora?

Armand olhou para a mulher baixa que tinha à frente dele, de calças de ganga, pulôver cor-de-rosa e sapatilhas do empreendimento turístico. Muito diferente dos vestidos de marca e das sandálias de salto de agulha que usava quando era a esposa do doutor Pete, a beldade texana que tinha conseguido que o programa de televisão fosse um êxito. Até que ele a despedira, mas ouvira dizer que o programa tinha desaparecido da grelha televisiva.

Sempre lhe tinham dito que a câmara engordava quatro quilos e parecia ser verdade no caso de Rachel Rinaldi. De facto, se não tivesse aqueles olhos castanhos de cervo ou o seu famoso sorriso... Se não tivesse ouvido o seu simpático sotaque sulista, não a teria reconhecido absolutamente.

A sua cabeleira ruiva comprida tinha desaparecido, assim como a maquilhagem, os saltos de agulha, as joias. No seu lugar havia um cabelo muito curto castanho-claro, uma pele de porcelana... Para não falar do brilho desafiador dos seus olhos. Parecia pensar que queria expulsá-la do empreendimento turístico, mas ela tinha de saber porque estava ali.

Ainda não tinha usado a carta da fama para conseguir o que queria, mas fá-lo-ia, pensou cinicamente. Mais cedo ou mais tarde, todos o faziam. E essa era em parte a razão pela qual ele deixara aquele mundo para trás anos antes. O mundo que em tempos os seus pais tinham dominado.

Sim, os Bollinger tinham feito parte do jet set, da «gente bonita».

Mas o seu mundo afundara-se e ninguém o sabia salvo eles. Inclusive agora, ninguém sabia a verdade sobre a morte do seu pai ou sobre as coisas que fizera, sobre a vergonha da família.

– Se vai pedir-me que me vá embora, senhor Bollinger, agradecia-lhe que mo dissesse o quanto antes.

O tom agressivo parecia estranho numa mulher tão pequena e com aquele simpático sotaque do sul.

«Não lhe mostres nada, não dês poder a ninguém.»

Tinha aprendido essa lição antes de o porem fora de casa aos doze anos e não a tinha esquecido.

– É uma cliente, menina Chase – replicou Armand, sem deixar de sorrir.

O seu pai tinha-o ensinado a tratar as pessoas daquele modo. Ele chamava-lhes «lições de porte», mas Armand sabia o que eram: «Mostra-te amável, comporta-te de maneira impecável o tempo todo. Não mostres aborrecimento, pena ou remorso. E jamais sejas tu mesmo».

De modo que jogaria o mesmo jogo que Rachel Rinaldi e veria onde o levava isso.

– Acabámos de nos conhecer, menina Chase. Porque quereria que se fosse embora?

– Evidentemente, está furioso comigo por alguma razão – replicou ela, notavelmente menos hostil.

Daquela vez, foi mais difícil não reagir.

– Outra conclusão precipitada, já que só lhe perguntei se necessitava de alguma coisa.

– Está a mentir – Rachel assinalou os seus olhos. – Vê? Aí está outra vez, é como um relâmpago atrás das nuvens.

– Não sei ao que se refere.

– A esse olhar de fúria que tenta esconder. Está zangado comigo, embora não saiba porquê. Diga-mo o quanto antes, é melhor para todos.

Com três frases, Armand ficara sem fala. Ele não estava habituado a isso. Que os clientes fossem grosseiros era algo que podia tolerar. O desdém e as exigências constantes dos muito ricos eram algo habitual para ele, mas mostrava-se sempre impecavelmente amável com todos, o perfeito cavalheiro.

O lobo liderava a alcateia e ninguém o fazia perder o sorriso, nunca.

Como podia aquela estranha atravessar as barreiras que tão cuidadosamente tinha erguido ao longo de vinte anos?

Estava a rir-se dele, pensou Armand, mas ninguém fora capaz de ver o que havia por detrás daquele sorriso amável desde que o tinham mandado para um colégio interno aos doze anos.

O dia em que partira o nariz ao seu pai com um murro. O dia em que o seu mundo de fantasia ficara exposto pela mentira que era. O dia em que as suas irmãs tinham perdido a inocência. O dia em que tinham perdido tudo.

Embora tivessem voltado a relacionar-se depois da morte do seu pai, nunca mais tinha voltado a ser o mesmo.

Armand tocou-lhe no dedo sem se dar conta.

«Esquece-o», pensou, obrigando-se a sorrir. Não ia deixar que aquela mulher desse a volta à situação.

– Muito bem, menina Chase... Ou deveria dizer senhora Rinaldi?

Ela não mexeu um músculo, mas nos seus olhos viu algo... Algo que vira nos olhos de outra mulher numa ocasião e que nunca mais queria voltar a ver.

– Sabia que me tinha reconhecido assim que entrou no chalé – disse ela com calma, quase com tom aborrecido. – Importa-se de me dizer o que quer? Tenho coisas para fazer.

Se Rachel Rinaldi era famosa pela sua empatia com os estranhos, ele não a via, mas não deixaria que o afetasse.

– Por favor, menina Chase, faça o que tenha a fazer. Importa-se se ficar um pouco?

Ela olhou para ele, hesitante. Estava claro que não o queria ali. Nunca na sua vida uma mulher recusara a sua companhia, pelo contrário, eram elas que o convidavam, que o viam a hesitar perante um convite.

Armand tentou esquecer a sua irritação. O que lhe importava? Rachel Rinaldi não era o seu tipo e ele não estava à procura de nada. Tinha coisas suficientes para fazer na sua vida para lidar com a sensibilidade exagerada de uma mulher fraca ou com as exigências de uma mulher forte.

A sua última relação, se pudesse chamar-se assim, fizera com que decidisse esquecer as mulheres durante algum tempo. Sob a sua beleza morena e sinuosa, Selina tinha usado lágrimas, chiliques, outros homens e todo o tipo de manipulação sexual para conseguir um objetivo: ser a mulher que domasse o lobo solitário e usasse a sua aliança.

Quase lhe tinha arrancado os olhos quando lhe dissera, enquanto fazia as suas malas: «Não gosto de mulheres que me enganam».

– Claro, senhor Bollinger – respondeu Rachel Chase, depois de uma pausa. – Além disso, dói-me o pescoço de olhar para cima. Sente-se, por favor.

– Obrigado. Apetece-lhe almoçar?

– Costumo almoçar aqui, não vou ao restaurante – respondeu ela.

– Então, pediremos que nos tragam o almoço aqui.

Rachel queria que se fosse embora, isso era evidente. Onde estava o seu famoso encanto?

Era-lhe indiferente, era-lhe sempre indiferente, mas não podia deixar de se perguntar porque estava à defesa.

Armand telefonou para a cozinha e, depois de pedir que levassem um almoço para duas pessoas ao chalé, puxou uma cadeira para Rachel.

– Em geral, só se servem almoços nos quartos.

– Porquê? – perguntou ela. – Este chalé não é destinado aos clientes?

– Pensei que o gerente lhe tivesse dito, este chalé é só para mim e para os meus amigos, já que é a minha casa.

Se havia algo com o qual não tinha contado era aquilo.

Rachel ficou pálida.

– Oh, não... Lamento. Eu não sabia...

Não, não podia ser tão boa atriz.

– Quer dizer que Max não lho contou quando a instalou aqui?

– Não, talvez se tenha esquecido de mo dizer, mas não é culpa de Max. Ter-mo-ia contado, mas eu insisti tanto... Por favor, não culpe Max, senhor Bollinger. Foi culpa minha. Vi o chalé afastado do hotel e...

– Convenceu Max, estou a ver – Armand tentou disfarçar um sorriso.

Meia hora antes, poderia ter acreditado naquilo, mas dava-se conta de que Rachel não tentaria impor-se a ninguém. Ele não tinha um título em Psicologia, mas a sua profissão requeria habilidade para entender a natureza humana e havia algo que o desconcertava em Rachel Chase-Rinaldi.

– Sabia que os outros clientes se queixam de que não estão a ser bem atendidos enquanto pelo menos três membros da equipa vêm aqui ouvir as suas histórias de Hollywood?

Rachel passou a língua pelos lábios, olhando à volta como se pudesse encontrar uma resposta. Parecia um cervo ofuscado pelos faróis de um carro, pensou Armand.

– Foi culpa minha. Sentia-me sozinha e... os seus empregados estiveram a fazer o que dizem os folhetos do empreendimento turístico: a prestar-me uma atenção pessoal.

Parecia estar a tentar sinceramente encontrar uma desculpa para os seus empregados e não conseguia olhá-lo nos olhos como fizera enquanto estava a enfrentá-lo.

Aquela não era a mulher que vira na televisão, a que tinha sempre as palavras certas, a que sabia sempre como consolar os outros. Qual das duas era a mulher real e qual era a falsa?

– Então, felicitá-los-ei, mas esta situação tem de mudar, menina Chase. É inaceitável para mim e também para os meus clientes.

Rachel levantou-se bruscamente, pálida, mas decidida.

– É óbvio, entendo. Ir-me-ei embora no primeiro comboio que houver. Sabe se há algum esta noite?

Armand teve de pigarrear. Nada estava a correr como ele tinha esperado. Não havia nenhuma sensação de triunfo em expulsar dali uma mulher que parecia um cervo.

– Não tem de ir, menina Chase. Se a mudarmos para uma suíte esta noite, quando ninguém a vir, a mulher que estava aqui desaparecerá e você será só mais uma cliente.

Ela abanou a cabeça.

– Penso que é melhor que vá. Já causei problemas suficientes a Max e ao resto dos empregados.

Armand não sabia o que o fizera mudar de ideias repentinamente. Talvez o seu olhar sombrio, o medo que tentava esconder ou a sua determinação, mas o muro que a rodeava estava a cair e Rachel com ele.

«Não tenho para onde ir», diziam-lhe os olhos dela. Como a sua mãe no dia em que o seu pai o mandara para o colégio interno. Como na noite antes de se ir embora de casa, quando a vira a receber os golpes por ele.

– Não tem de se ir embora, menina Chase – disse abruptamente. – Quero fazer-lhe uma proposta.