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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2007 Michelle Celmer

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Segredos de uma secretária, n.º 772 - Fevereiro 2016

Título original: The Secretary’s Secret

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2007

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7784-9

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Capítulo Treze

Epílogo

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Capítulo Um

 

Nick Bateman deixou-se ficar na cama da suite nupcial do hotel, sem forças para se levantar, perguntando-se que raios acabava de fazer.

Em vez de ter passado a noite com a mulher que era suposto ser a sua nova esposa, e a quem tinha deixado plantada no altar a meio dos votos, estava a dormir com Zoë, a directora da sua empresa.

Teria gostado de poder culpar o champanhe, mas duas garrafas a meias não eram suficientes para embebedá-lo. Tinha ficado demasiado bêbado para conduzir, mas sóbrio o suficiente para saber que não era boa ideia ir para a cama com uma funcionária.

E, pior ainda, considerava Zoë uma das suas melhores amigas.

Estendeu a mão para o outro lado do colchão, que ainda estava quente. Cheirava a sexo e a feromonas e ainda tinha o perfume dela colado à pele.

Ouviu uma batida e um queixume vindo de algum ponto do quarto. Zoë estava há vários minutos a mexer-se em silêncio, provavelmente à procura da sua roupa.

A única desculpa que tinha para ter feito aquilo, embora não fosse muito boa, era que depois do casamento ter sido um fracasso, se sentira deprimido e não estava a pensar com clareza.

Em vez de ter dito «sim, quero», tinha dito «não quero» e tinha abandonado a sua noiva. A sua segunda noiva, na verdade. Que culpa tinha ele, se só nesse mesmo momento se tinha apercebido de que estava a cometer um erro? Seria o desejo de ter uma esposa e formar uma família o que o cegava? Ao fim de um mês de relação, quase não conhecia a mulher com quem ia casar-se e os seus amigos tinham-no avisado que ela só estava interessada no dinheiro dele.

Que pesadelo.

Nunca esqueceria a indignação no rosto de Lynn quando lhe disse:

– Lamento, mas não posso fazer isto.

Ainda conseguia sentir a sensação do murro dela no seu queixo.

Fora bem merecido. Apesar de ser uma vamp sanguessuga e mentirosa, não merecia ser humilhada daquela maneira. Por que não era capaz encontrar a mulher adequada? Há cinco anos que se sentia preparado para assentar. Imaginara que, por esta altura, já estaria casado e teria pelo menos um filho e outro a caminho.

Nada na sua vida estava a correr como devia. Como ele tinha planeado.

Depois da cerimónia ter terminado abruptamente, Zoë levara-o para o hotel, onde o esperava a suite nupcial com o champanhe no gelo. Não lhe apetecia beber sozinho, por isso, convidara-a a entrar. Ela ligara para o serviço de quartos para pedir comida, apesar de Nick não ter fome, e pusera-lhe um saco com gelo no queixo.

Zoë sempre cuidara dele. Sobretudo naquela noite.

Não sabia bem como tudo tinha começado. Estavam sentados, a conversar e foi então que ela o olhou de uma certa forma e, logo a seguir, ele já estava com a sua língua na boca dela enquanto se despiam um ao outro.

A boca de Zoë era quente e doce e o seu suave corpo correspondia totalmente às suas carícias. E o sexo com ela tinha sido fantástico. Nunca tinha estado com uma mulher tão... expressiva na cama. Nem precisara de descobrir do que ela gostava, porque ela lho pedira directamente.

Santo Deus, tinha ido para a cama com Zoë.

Não era que nunca tivesse pensado nela numa perspectiva sexual. Sempre a achara muito atraente. Mas não era uma dessas mulheres que hipnotizam os homens com a sua beleza. Era bonita, mas de uma beleza subtil, que vinha de dentro, da sua extravagante personalidade e da sua força.

Apesar disso, Nick não deveria ter passado aquela linha. A melhor maneira de acabar com uma amizade com uma mulher era ir para a cama com ela.

E sabia isso por experiência própria.

Felizmente, os danos não eram irreversíveis. Zoë não queria nem casar nem ter filhos, ao contrário dele. E, também ao contrário de outras funcionárias com quem tinha ido para a cama quando era um jovem arrogante e extremamente estúpido, ela não ficaria à espera de um compromisso.

O que era muito bom.

Ouviu outra batida e outro gemido, desta vez ao lado da cama. Tinha duas opções: ou continuava a fingir-se adormecido e deixava-a continuar a andar às escuras ou enfrentava as consequências do que tinham acabado de fazer.

Nick esticou o braço e acendeu a luz que, por uns segundo, o cegou e depois lhe permitiu ter a grata surpresa de vê-la nua com o traseiro a poucos centímetros dele.

 

 

Zoë Simmons soltou um grito e voltou-se ao mesmo tempo que tapava os seios nus com o vestido amarrotado que tinha nas mãos. Aquilo era como aquele sonho que costumava ter, em que passeava nua por um supermercado. Neste caso ainda era pior porque estava acordada.

E, sinceramente, naquele momento, teria preferido estar nua num quarto cheio de pessoas desconhecidas do que com Nick.

– Assustaste-me.

E tudo para tentar escapulir-se antes que ele acordasse. Para não ter de encarar o que tinham feito. E quantas vezes o tinham feito.

Em quantas posições diferentes o tinham feito...

A cama estava desfeita e os invólucros dos preservativos estavam caídos pela mesa-de-cabeceira e pelo chão. Zoë estremeceu ao recordar-se de como se tinham acariciado. E de como tinha sido tão incrivelmente fantástico e surpreendente.

Mas não podia voltar a acontecer.

– Vais a algum sítio? – perguntou-lhe ele.

– Lamento, mas vou.

Nick olhou para o relógio que estava ao lado da cama.

– É muito tarde.

Exactamente.

– Acho que é melhor ir-me embora.

Apesar de Nick não estar a tornar as coisas fáceis. Estava ali sentado, nu da cintura para cima, como se fosse um deus grego, com aqueles músculos definidos e a pele dourada, e a ela só lhe apetecia voltar para a cama com ele.

Não, Zoë.

Aquilo tinha de terminar e tinha de terminar naquele preciso momento.

Foi até à casa de banho e, pelo caminho, agarrou na sua mala.

– Vou vestir-me – acrescentou. – Já falamos.

Fechou a porta e acendeu a luz. Depois, deixou escapar um som entre um grito de horror e um riso de surpresa.

E ela que pensava que a noite já não podia correr pior.

O seu cabelo estava completamente achatado de um lado e levantado do outro. O rímel tinha-lhe escorrido pela cara abaixo e tinha as marcas da almofada na face esquerda. Completamente diferente de Nick, que estava perfeito. Surpreendia-a que não tivesse fugido a correr do quarto quando a viu.

Se houvesse uma janela na casa de banho, ter-se-ia escapado por ela.

Lavou a cara e usou um lenço de papel para tirar a maquilhagem dos olhos. Depois procurou um elástico na mala. Penteou-se com os dedos e fez um rabo-de-cavalo. Não fazia ideia onde poderiam estar o seu sutiã e as suas meias e não queria ir à procura deles. Teria de ir mesmo assim para casa.

Tentou endireitar o vestido o melhor que pôde. Durante a sua investida para despi-la, Nick tinha rebentado uma das alças e o decote chegava-lhe até bastante mais abaixo do que o normal. E a parte de baixo estava manchada pelo champanhe que lhe tinha caído em cima.

Era o mesmo vestido que tinha usado para os dois casamentos de Nick. Talvez estivesse na hora de passá-lo à reforma.

Ou de queimá-lo.

Zoë analisou o seu reflexo no espelho e subiu o decote. Estava apresentável. Se alguém a visse naquele estado ainda iria pensar que era uma mulher da vida.... Embora não lhe parecesse que fosse encontrar muita gente às três da manhã.

Ouviu ruídos no quarto ao lado e, com medo de encontrar Nick nu, gritou:

– Vou sair!

Como ele não respondeu, abriu a porta e olhou para fora. Estava sentado na cama, só com as calças vestidas e o peito nu.

E que belo peito. Não era a primeira vez que o via. Mas depois de tê-lo acariciado... Que marca era aquela que tinha no ombro esquerdo? Lembrou-se também de lhe ter feito um chupão na zona da cintura, para não falar de todas as outras coisas que lhe tinha feito com a boca...

Sentia-se envergonhada. Que tinham feito?

Ao aproximar-se dele, apercebeu-se de que tinha a braguilha aberta. Ia dizer-lhe que estava aberta quando se lembrou que ela mesma lhe tinha partido o fecho quando o tentava despir. Tinham literalmente arrancado a roupa um ao outro, como se ambos tivessem desejado aquele momento durante dez anos e já não pudessem esperar nem mais um segundo. Zoë nunca esqueceria a maneira como ele a tinha penetrado, com força e rapidez, profundamente. Nem o modo como ela tinha enroscado as suas pernas em volta da sua cintura, como tinha gemido e lhe pedira mais...

Céus, que tinham feito?

Cingiu a mala contra o peito e procurou os sapatos. Tinha que sair dali imediatamente, antes que fizesse algo ainda mais estúpido, como tirar o vestido e saltar outra vez para cima de Nick.

– Acho que isto é teu – disse Nick, puxando um sutiã preto de rendas e uma tanga a condizer. – Estavam debaixo dos lençóis.

Fantástico.

– Obrigada – respondeu ela, tirando-lhos da mão e enfiando-os na mala.

– Queres falar sobre isto?

– Se não te importares, preferiria que não e fingir que nunca aconteceu.

Nick passou a mão pelo cabelo preto e curto. Tinha uma leve barba no queixo, o que explicava que Zoë sentisse a parte interna das coxas um pouco dorida.

– É uma maneira de resolver a situação – admitiu ele, quase decepcionado.

Nick tinha que perceber, tão bem quanto ela, que aquilo tinha sido um erro. Nunca deveria ter acontecido. E que nunca mais poderia voltar a acontecer.

Nick não era um mau tipo. Era rico, bonito e muito simpático. Bom... e, por vezes, também era um pouco teimoso e autoritário. Nalgumas ocasiões, Zoë quase tivera vontade de lhe bater. Mas, quando queria, também era um doce, além de ser extremamente generoso.

Zoë não conseguia perceber como é que ele ainda não tinha encontrado a mulher certa. Talvez exigisse demasiado. Ou isso, ou então tinha muito azar. Era como um íman para as mulheres erradas.

Ela gostava da sua vida tal como ela era. Sem compromissos. Sem ter de ser responsável por ninguém a não ser por ela mesma e por Dexter, o seu gato. Já tivera que fazer de mãe quando era mais jovem. Enquanto os seus pais trabalhavam, ela tivera de cuidar dos seus oito irmãos e irmãs mais novos. E Nick desde há cinco anos que falava em casar e em ter um monte de filhos. Ela, o mais perto a que queria chegar das fraldas era no supermercado, e era apenas porque estavam mesmo em frente da comida para gatos...

Zoë tinha saído de casa no dia em que fizera dezoito anos e vivera em Michigan, Petoskey e Detroit. E se não fosse por Nick, não teria ficado nem um mês no mesmo sítio. Apesar de ter acabado de fundar a sua própria empresa de construção civil, ou talvez por isso mesmo, não a despedira quando ficou a saber que tinha mentido sobre a sua experiência como secretária.

A verdade era que Zoë não sabia escrever à máquina nem era muito hábil em conversas por telefone. Mas em vez de demiti-la, que era o que na verdade merecia, Nick decidira salvá-la. Ajudara-a a terminar os estudos e ensinara-lhe muito sobre os negócios e a vida. Fora sempre muito protegida e era muito ingénua.

Zoë não sabia por que Nick se dava tão bem com ela, nem por que a tinha protegido. Mas tinham simpatizado um com o outro logo desde o princípio.

Por outro lado, Zoë tinha sido a única família de Nick. A única pessoa em que ele podia encontrar apoiar. Nunca parecera estar à espera de mais nada.

Não podia deitar tudo pela janela só por terem cometido aquele erro, porque a verdade era que, como casal, não tinham qualquer futuro. Eram muito diferentes.

Eram capazes de se matarem um ao outro na primeira semana em que estivessem juntos.

– É evidente que cometemos um grande erro – comentou ela, descobrindo os seus caríssimos sapatos debaixo da cama e tirando-os com a ajuda do dedo grande do pé. – Há muito tempo que nos conhecemos. Não gostaria que a nossa amizade e a nossa relação de trabalho se estragassem por causa disto.

– Eu também não – admitiu Nick.

Estava a reagir bem. Não sabia por que esperara que Nick se mostrasse decepcionado. Mas não era preciso concordar logo com ela. Podia ter fingido que gostaria que repetissem «o erro».

– Tenho de me ir embora.

Nick levantou-se. Apesar dos saltos altos de Zoë, continuava a ser bastante mais alto do que ela.

– Eu levo-te a casa.

– Não, não – recusou ela, levantando uma mão para detê-lo. – Não é preciso. Eu chamo um táxi.

– Já passam das três.

Não queria que ele a levasse a casa a meio da noite porque não se sentia muito... responsável. E se ao chegarem a casa ela o convidasse a entrar? Não queria que ele a interpretasse mal e também não tinha a certeza de que se conseguiria controlar.

Era surpreendente como uma noite de sexo escaldante podia afectar uma rapariga.

– A sério, não é preciso.

– Então, leva o meu carro – insistiu Nick, colocando-lhe as chaves na mão. – Eu apanho um táxi amanhã de manhã.

– Tens a certeza?

– Tenho a certeza.

Nick indicou-lhe a porta e seguiu-a pela sala de estar, que estava às escuras. Quando chegou à porta, Zoë voltou-se para ele. A luz do quarto iluminava a sua face direita, precisamente aquela onde tinha uma covinha na bochecha.

Nick não sorria. Parecia quase triste.

Era normal, acabava de romper com a sua noiva. Só podia estar triste.

– Lamento pelo que se passou com a Lynn. Tenho a certeza de que acabarás por conhecer outra pessoa.

Outra que não fosse como a sua primeira noiva, que no próprio dia do casamento lhe anunciara que queria esperar dez anos para ter filhos porque queria estabilidade na sua carreira profissional. Nem como a sua segunda noiva, outra bela peça. Era evidente que Lynn só estava interessada no dinheiro de Nick, mas ele estava tão desesperado que nem se tinha apercebido. Felizmente, tinha aberto os olhos antes de ser tarde demais.

– Eu sei.

– Calculo que não seja preciso dizer-te que acho melhor que guardemos para nós o que se passou. O ambiente poderia ficar esquisito no escritório se as pessoas soubessem.

– Claro.

Parecia fácil.

Quase muito fácil.

– Bem, tenho de ir-me embora – disse Zoë, colocando a mala ao ombro e agarrando a maçaneta da porta. – Vemo-nos na segunda-feira, no escritório.

Nick encostou a mão à porta por cima da cabeça dela, não a deixando abri-la.

– Dado que isto não vai voltará a acontecer, que tal se dermos um último beijo?

Não era boa ideia. De facto, tinha sido um beijo a metê-los naquele sarilho. Aquele homem podia fazer milagres com a boca. Se não a tivesse beijado assim, não teria acabado por fazer amor com ele.

– Não me parece que seja boa ideia.

Ele voltou a olhar para ela da mesma maneira como a olhara quando tudo começou. E, de repente, parecia estar muito mais perto dela. E cheirava tão bem, estava tão bonito, que Zoë se sentiu atordoada.

– Vá lá, só um beijo pequenino – insistiu.

Sentiu-se atraída para ele como se fosse um íman. Nick acariciou-lhe a face com a ponta dos dedos e depois introduziu-os no seu cabelo, penteando-a com cuidado. O elástico do cabelo soltou-se e um arvoredo de caracóis loiros emoldurou-lhe o rosto.

– Nick, não – disse, não fazendo nada para detê-lo. – Tínhamos concordado os dois que isto não deveria voltar a acontecer.

– A sério?

Acariciou-lhe o ombro e Zoë sentiu a outra alça do vestido a romper-se. O vestido ficara sem ambas as alças e uns segundos mais tarde estava pelo chão.

«Meu Deus, lá vamos nós outra vez».

Nick tirou-lhe a mala do ombro e deixou-a cair ao chão.

– O mal está feito. Por isso que mal faz voltarmo-nos a beijar?

Era difícil rebater aquele argumento, especialmente porque ele lhe começou a acariciar o lóbulo da orelha ao mesmo tempo. Nick tinha razão. O mal já estava feito.

Que diferença iria fazer mais um beijo?

– Só um beijinho – cedeu Zoë desabotoando-lhe as calças. – Desde que estejamos os dois cientes de que o que se passar neste quarto ficará apenas neste quarto.

– Muito bem – concordou ele, beijando-a no ombro.

Ela sentiu as pernas a tremer-lhe e, enquanto tirava o vestido, prometeu-se que seria a última vez.

– Só mais uma vez – murmurou enroscando as pernas à volta da cintura dele, enquanto ele a segurava contra a parede e a penetrava.

Só mais uma vez e ambos esqueceriam que aquilo tinha acontecido...