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Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2005 Melissa Martinez McClone

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

Sonhos partilhados, n.º 1455 - Dezembro 2014

Título original: Blueprint for a Wedding

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2006

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5507-6

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Volta

Prólogo

 

Da última edição de Segredos Semanais

 

Perdemos a fé em Faith?

Por Garrett Malloy e Fred Silvers

 

Faith Starr, a linda e elogiada atriz, declarou que vai retirar-se. Depois de cinco noivados falhados, pode-se esperar da nomeada para os Globos de Ouro que o atual noivado termine tal como os anteriores, mas Segredos Semanais soube, em exclusivo, que Faith vai mudar de tática e vai, preparem-se os seus admiradores, agir.

Apesar dos resultados desastrosos de bilheteira dos seus dois últimos filmes e dos rumores acerca da estreia do seu próximo filme, Lágrimas de Júpiter, uma aventura espacial de cento e cinquenta milhões de dólares ainda em fase de pós-produção, depois de terem sido canceladas duas datas de estreia.

Porém, a atriz principal não atende telefonemas, tal como o seu agente.

Talvez Faith precise de umas férias para meditar sobre a sua relação, que está perto de terminar, com o ator com quem contracena em Lágrimas de Júpiter, o quebra-corações Rio Rivers, sobretudo tendo em conta que Faith começou a namorar com ele pouco depois de cancelar o seu casamento, marcado para o dia de São Valentim, com Trent Jeffreys, fundador de Corações e Lares, uma organização sem fins lucrativos que constrói lares para os mais desfavorecidos.

Desconhecemos o motivo. No entanto, a nossa previsão é que Starr está a fazer uma pausa. E o produtor Max Shapiro parece concordar connosco: «Faith está cansada. Apesar de alguns papéis falhados, está no auge da sua carreira. Por isso, o seu regresso ao grande ecrã está garantido».

É isso que nós esperamos, é isso que toda a América espera…

Capítulo 1

 

Tinha sido construída para durar. Era a mais bonita de Berry Patch, Oregon, e devia ser dele.

Do seu todo-o-terreno, Gabriel Logan contemplava a mansão de l908: os seus pilares revestidos de pedra, as janelas com vidraças, o alpendre que contornava toda a casa, o segundo andar que terminava com duas águas-furtadas… Era realmente linda, e sentiu um aperto no coração ao recordar-se de que, durante anos, tinha poupado e feito planos para o dia em que iria comprá-la. A menina Larabee, de oitenta e um anos, tinha-lha prometido até que há dois meses recebera uma oferta «demasiado boa para recusar». Nem sequer lhe dera a opção de tentar igualá-la.

Gabe tamborilou com os dedos no volante e Frank, o seu cão, no banco do acompanhante, levantou a cabeça e gemeu.

– Lamento, rapaz – disse, acariciando as orelhas do enorme mastim. – Já não importa. Estamos aqui, não estamos? Chegámos a tempo. Mãos à obra!

Contudo, Gabe não se mexeu. Naquele dia começaria a trabalhar na casa dos seus sonhos. Todavia, não como proprietário, mas como empreiteiro de obras para a transformar num hotel. O seu avô devia estar a dar voltas no túmulo. Aquela casa devia ser uma casa de família, não um hotel para turistas que vinham atrás da fama das adegas do Vale de Willamette. Todavia, Gabe estava prestes a fazer o trabalho sujo para F. S. Addison. Ainda não tinha falado com o novo proprietário, mas com Henry Davenport, um amigo em comum de ambos.

Aquilo era uma ironia. Sentia um sabor amargo na boca. Não queria aquele trabalho. Porém, Gabe não confiava em mais ninguém para restaurar a casa, preservando o seu carácter, o seu encanto e todas as outras coisas que tornavam aquela casa especial, que faziam dela um lar… um lar que devia ter sido seu.

Gabe e a sua família consideravam aquela casa como deles há muito tempo, embora o registo de propriedade não lhes desse razão.

Frank tentou deitar-se de barriga para cima para que Gabe lhe fizesse festas na barriga. Todavia, no todo-o-terreno não havia espaço suficiente.

– Lamento, rapaz – disse Gabe, acariciando-o. – Sei que isto é pequeno para ti, mas nem tudo corre como nós queremos.

O cão olhou para ele triste. Era óbvio que sentia falta do seu canil feito à medida e do espaço que tinha para correr. Gabe também sentia falta disso.

– Não posso deixar-te durante o dia com o pai e a mãe. Assim que tiver tempo, procurarei outra casa para nós.

Quando a menina Larabee lhe disse que ia mudar-se para um lar de idosos, não teve qualquer dúvida de que a casa seria dele, portanto fez-lhe uma oferta e pôs a sua casa à venda. Vendeu-a no dia seguinte e mudou-se para o pequeno apartamento por cima da garagem da casa dos pais, à espera que a menina Larabee saísse definitivamente da casa. Um bom plano, se tudo tivesse corrido como ele tinha planeado.

Nenhum dos seus planos tinha funcionado. Gabe pensava ter tudo planeado. Casara-se com a sua namorada de liceu aos dezoito anos e julgava que aos trinta já teria uma carrinha cheia de crianças e que viveriam todos na casa da menina Larabee. Em vez disso, tinha trinta e dois anos, não tinha esposa, filhos, nem um lugar a que pudesse chamar lar.

Ficou a observar a casa.

«Lamento, avô.»

O seu avô também quisera restaurar a casa. No entanto, a morte impedira-o de realizar o seu sonho, tal como agora F. S. Addison tinha feito com Gabe.

Frank começou a arranhar a porta e Gabe abriu-lha. O cão saltou para o chão e foi direito ao alpendre da casa deitar-se à sombra, à frente da porta. Até mesmo o cão agia como se a casa fosse sua.

Gabe deu um murro no volante. Não ia ser fácil. Contudo, não ia passar o dia enfiado no carro. Estava na hora de começar a trabalhar.

Depressa acabaria o trabalho e poderia avançar com a sua vida. Saiu do carro, abriu a parte de trás e começou a procurar as plantas.

Nesse instante, Frank ladrou. Duas vezes. Seria um gato? Um grito dilacerante, próprio de um filme de terror, acabou com a tranquilidade da manhã. Era uma mulher. Gabe correu para a casa.

– Frank! – o cão não estava no alpendre.

Ouviu-se outro latido e Gabe correu para o lugar de onde provinha o barulho. Entre a erva alta, Gabe viu Frank a dar voltas ao redor do tronco de uma velha árvore, enquanto abanava a cauda. Naquele lugar, Gabe tinha imaginado muitas vezes os seus filhos a treparem e a brincarem à sombra daquela imensa copa verde.

– Em que confusão nos meteste desta vez?

Frank olhou para a copa da árvore enquanto ofegava.

Gabe olhou para cima e viu um rabo numas calças de ganga. Um rabo com umas curvas muito femininas. Depois viu uma t-shirt branca e uma trança castanha, que saía de um boné de basebol. Frank tinha perseguido muitos animais até às árvores. Contudo, era a primeira vez que perseguia uma mulher.

– Boa caçada, rapaz – murmurou Gabe, que não sabia se havia de o repreender ou de o premiar. – Agora sai daqui!

O cão afastou-se uns metros e deitou-se na erva, com um olhar de culpa.

– Está bem, menina?

– Já se foi embora? – perguntou uma voz trémula.

– Quem?

– O cão monstruoso. Só queria ver a casa, estava a dar uma volta e… – a voz soava insegura e assustada.

Com cinco irmãs, ele conhecia bem aquele som, porque costumava assustá-las com tudo, desde insetos a cobras, passando por palhaços assassinos.

– Você não deve ser daqui.

– Como adivinhou?

Para começar, lembrar-se-ia daquele rabo, depois, a maioria das pessoas de Berry Patch só saía para dar uma volta à tarde, depois de terminarem as suas tarefas. Por último, ela estava em cima de uma árvore.

– Toda a gente desta cidade conhece Frank e sabe que cão que ladra, não morde.

– Frank é um diminutivo de Frankenstein?

Gabe sorriu.

– De Frank Lloyd Wright, o arquiteto.

Ela fez uma careta. Olhou para baixo e os óculos de sol quase lhe caíram.

– Continua aí?

– O arquiteto está morto, mas o cão continua aqui.

– Muito engraçado – a voz ainda lhe tremia. Estava realmente assustada e isso incomodou e preocupou Gabe.

– Frank magoou-a?

– Atacou-me.

Aquilo não fazia sentido. As sobrinhas de Gabe faziam-lhe todo o tipo de travessuras e o cão não se alterava, nem quando o vestiam com roupas de bebé.

– Frank atacou-a?

– Bom… não exatamente – disse ela. – Ladrou e começou a correr atrás de mim, portanto não esperei para ver o que fazia depois. Vi esta árvore e comecei a correr.

– Frank tem uma anca deficiente, portanto não corre muito. Mas consegue correr curtas distâncias se algo chamar a sua atenção – explicou Gabe. – Devia querer festas.

– Ou tomar o pequeno-almoço.

Gabe também não se teria importado de tomar aquele pequeno-almoço… noutro lugar, noutro momento…

– Desça da árvore. Frank pode intimidar um pouco. No entanto, é tão inofensivo como um cachorrinho. Tenho a certeza de que só queria brincar.

Ela desceu uma perna e Gabe ficou com um pé calçado com um sapato de lona branca, sem meia, à altura da cara.

– Eu não gosto de brincar com cães.

– Vou tê-lo em conta.

Gabe ainda não lhe tinha visto a cara. Contudo, estava intrigado. A Berry Patch não chegavam muitos visitantes e muito menos mulheres jovens que soubessem trepar árvores do modo como ela tinha feito. Perguntou-se porque estaria ali e quanto tempo ficaria. O senhor e a senhora Ritchey, os vizinhos, tinham uma filha que ia para a universidade. Talvez ela fosse uma das amigas de Brianna Ritchey. Esperava que não. Todavia, embora Gabe não gostasse de mulheres tão jovens, se assim fosse, convidaria as duas raparigas para tomarem alguma coisa para compensar o susto.

– O que te parece se te convidar para jantar esta noite, para te pedir desculpas por aquilo que Frank fez? – perguntou Gabe.

– Obrigada, mas não é necessário.

– Outro dia?

Não houve resposta. Tiro errado. Tinha saído com a maioria das mulheres disponíveis da cidade e ainda não tinha encontrado o que procurava. Teria de continuar à procura.

Ela tentava encontrar um sítio para apoiar o pé para descer, tarefa nada fácil com o calçado que tinha.

– Lamento que Frank te tenha assustado – desculpou-se Gabe. – É um cão simpático, a sério.

– Eu não gosto de cães – murmurou ela.

Um ponto negativo. Porém, gostava realmente como as calças de ganga lhe assentavam. E, ao ver a trança, chegou à conclusão de que tinha o cabelo comprido. Gabe gostava de cabelos compridos.

– Porque não?

– Fui mordida quando era criança – disse, procurando uma maneira para descer.

As suas irmãs tinham-no treinado bem e sabia qual era a resposta adequada.

– Tenho a certeza de que apanhaste um grande susto. Foi um cão grande ou um daqueles pequenos e inconvenientes?

– Foi um pequeno e inconveniente.

Pela sua voz, Gabe julgou que sorria. Ótimo. Não queria que estivesse assustada.

– Esses cães pequenos chateiam toda a gente. São tão pequenos que têm de demonstrar que têm algum poder.

– Como os homens que conduzem carros com mais potência do que aquela de que alguma vez precisarão?

– Exato – respondeu ele, sorrindo. – Mas alguns homens precisam dessa potência para conseguir transportar o seu ego.

– Poucos homens admitiriam isso.

– Eu não sou como «muitos homens».

Ela olhou para ele. Todavia, os óculos de sol ocultavam-lhe os olhos.

– Que carro tens?

– Um todo-o-terreno, com potência suficiente para tarefas pesadas.

Julgou ver o brilho de um sorriso.

Ela conseguiu descer mais uns centímetros e ele reparou no sutiã, que se notava por baixo do tecido da t-shirt.

– Queres que te dê uma ajuda?

– Não, obrigada. Consigo descer sozinha.

Ele sabia que não devia interferir nos propósitos de uma mulher, aprendera-o com a sua mãe.

– Tenho a certeza disso.

Precisamente nesse instante, ela escorregou e ele agarrou-a pelas ancas, para evitar que caísse. Ela tinha tudo no sítio. O seu aroma, a sol e a toranja, invadiu-lhe os sentidos. Aquele sim, era um bom modo de começar uma manhã. Talvez não fosse tão má, apesar de tudo. Mais tarde iria gratificar Frank com um osso. Gabe sorria, enquanto a ajudava a descer até ao chão.

Ela saltou os últimos centímetros e esfregou as mãos nas calças.

– Obrigada.

Gabe pensava que as mulheres eram presentes do céu. Mereciam ser acarinhadas e adoradas. Adorava as mulheres. Porém, com aquela que tinha à frente podia ir mais além e amá-la.

– Rendo-me aos seus pés, minha senhora!

A maioria das mulheres que ele conhecia teria sorrido com aquela frase cavalheiresca. Todavia, ela não sorriu. Em vez disso, levantou o queixo, deixando-o ver melhor a sua cara. Se tirasse os óculos poderia vê-la melhor… Não tinha maquilhagem, nem sequer batom e, certamente, não precisava dele. Era adorável. Uma beleza natural. Tinha um nariz fino e reto, lábios carnudos e umas maçãs do rosto que teriam feito inveja a qualquer modelo. O seu único defeito era uma mancha de fuligem na face direita que só conseguia torná-la mais adorável. Por outro lado, o modo como a t-shirt se ajustava à curva dos seus seios fez com que a sua temperatura corporal subisse.

Algo nela era-lhe familiar. De facto, bastante familiar.

– Já nos vimos antes?

– Não – disse ela. – Cheguei ontem à tarde.

Não eram nem nove horas da sua primeira manhã na cidade e já a tinha conhecido. Estava claro que devia a Frank um bom prémio.

– A tua cara é-me familiar – disse Gabe, tentando lembrar-se.

Ela fez uma careta.

– Devo ter uma cara normal, igual a tantas outras.

– És demasiado bonita para poder considerar-te uma cara normal.

Ela encolheu os ombros.

– Conheço-te de algum lado – insistiu ele, apesar da indiferença dela. – Já me lembrarei.

Um esquilo atravessou o jardim descuidado e Frank começou a correr e a ladrar atrás dele.

A mulher sufocou um gritou e agarrou-se a Gabe. Os seus óculos caíram e a trança desmanchou-se, transformando-se numa cascata castanha e ondulada. Ela escondeu a cara no peito dele.

Ele abraçou-a contra o seu corpo. Gostou de a ter nos braços, mas não do modo como tremia.

– Senta-te! – Frank obedeceu imediatamente. – No alpendre. Agora!

O cão fez o que Gabe lhe ordenava e este continuou a abraçar a mulher, esperando que o seu coração acelerado se tranquilizasse. Quando finalmente a sentiu mais tranquila, perguntou:

– Estás bem?

Ela não disse nada, mas continuou agarrada a ele. Era agradável. Porém, ele preferia que tivesse sido por outras circunstâncias… ou melhor, por uma atração irrefreável, em vez de por um medo atroz.

– Não faz mal se não estiveres – acrescentou ele. – Eu gosto de te ter entre os meus braços. Isto não me acontece todos os dias. Nem todas as semanas…

Ela desatou a rir-se. Gabe gostou do som daquela gargalhada.

– Como te chamas? – perguntou ele.

– Faith – respondeu ela, depois de hesitar uns segundos.

– Um nome bonito – disse ele. – Eu chamo-me Gabe. Tenho de te dizer que temos um problema, Faith.

Ela agarrou-se a ele com mais força.

– Frank?

– Ele pode ser um problema. Porém, este é diferente. Daqui não consegues ver. Mas a senhora Henry está a bisbilhotar atrás das cortinas, do outro lado da rua. E tem o telefone na mão, portanto já deve estar a telefonar às amigas, a senhora Binko e a senhora Lloyd. As três adoram ter os bons cidadãos de Berry Patch informados a respeito de tudo o que se passa na cidade. Parece-me que nenhum dos dois gostará desta situação, não é?

– Oh! Não – disse ela, afastando-se dele. – Obrigada.

– De nada.

A primeira coisa que viu dela foi o cabelo, banhado pelo sol da manhã, que penetrava por entre as folhas da árvore. Ela afastou uma madeixa da cara com um simples movimento de cabeça.

Gabe ficou quase sem ar.

Nunca se tinham visto em pessoa. Porém, ele conhecia-a bem. Como não a tinha reconhecido logo? Ela era, numa palavra, inesquecível.

Os seus lábios carnudos e tentadores curvavam-se num sorriso irresistível até para o mais frio dos corações, os seus olhos verdes expressivos e o seu cabelo castanho e ondulado parecia feito para cobrir uma almofada ou o peito de um homem. Claro que a conhecia, como qualquer um que fosse ao cinema ou que respirasse.

– És a atriz – disse ele. – Faith Starr.

Ela desviou o olhar.

– Esse é o meu nome artístico.

Exato. Faith era uma estrela do grande ecrã, uma das pessoas mais famosas do mundo, mais rica e mais importante. Ela não era daquele mundo e tinha-a convidado para jantar. Com certeza que era uma boa piada. Não eram muitos os homens de Berry Patch que podiam afirmar terem sido rejeitados por uma atriz famosa.

– Estás a filmar algum filme na zona?

Ela fez uma careta e voltou a pôr o boné e os óculos de sol.

– Não.